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quarta-feira, 16 de maio de 2012

PETROBRÁS I - Lucro da Petrobrás recua 16% no 1º tri e soma R$ 9,2 bi


Empresa continuou sendo afetada negativamente pela defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno, bem como como pelo maior custo na importação de derivados, como a gasolina

Fernanda Guimarães, da Agência Estado

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SÃO PAULO - O lucro líquido da Petrobrás no primeiro trimestre do ano atingiu R$ 9,214 bilhões, o que representou uma queda de 16% ante o mesmo período do ano anterior. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 16,521 bilhões, um aumento de 4% na mesma comparação.

A receita líquida da petrolífera no intervalo entre janeiro e março alcançou R$ 66,134 bilhões, crescimento de 22% ante o mesmo trimestre do ano passado.

No primeiro trimestre do ano, a Petrobrás continuou sendo afetada negativamente pela defasagem dos preços dos combustíveis no mercado interno, assim como pelo maior custo com as importações de derivados, como a gasolina.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás, Almir Guilherme Barbassa, explicou que o menor ganho cambial no primeiro trimestre também explica a queda de 16% do lucro. O executivo lembrou que no início do ano passado, a estatal obteve um saldo cambial positivo de cerca de R$ 2 bilhões, enquanto ao longo dos primeiros três meses de 2012, o ganho cambial foi de R$ 465 milhões. A estatal tem R$ 76,5 bilhões de dívida exposta ao câmbio, segundo o diretor.

Barbassa afirmou ainda que a demanda por gasolina cresceu 24% no primeiro trimestre em relação a 2011. Segundo ele, houve crescimento de 3% na produção de derivados e de 10% na venda destes produtos no mercado interno em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Hoje, o ministro das Fazenda, Guido Mantega, negou que haverá qualquer tipo de aumento nos preços dos combustíveis no Brasil. Essa notícia deve frustrar o mercado, já que para especialistas do setor o momento está favorável para um ajuste de preços no mercado interno.

O executivo ressaltou que o aumento das importações pesou no custos de produção da companhia no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado. Os custos subiram 33% no período. O executivo explicou que o volume de derivados cresceu no conjunto de vendas da estatal no mercado doméstico, o que acabou pressionando os custos. Além disso, explicou, os produtos importados vieram com preços mais elevados, o que também ajudou a elevar os custos no primeiro trimestre de 2012.

O diretor disse, contudo, que o volume de exportações da companhia no exterior e o aumento do preço do Brent pesaram positivamente no resultado da empresa no primeiro trimestre. Segundo ele, o resultado financeiro não teve grande variação em relação ao trimestre anterior.

Produção prejudicada em março

Em março, a produção da companhia foi afetada por conta do vazamento no campo de Frade, operado pela Chevron, e para manutenção das plataformas P-51, no campo de Marlim Sul, P-57, no campo de Jubarte, e FPSO Brasil, no campo de Roncador, todos na Bacia de Campos, que levaram a uma redução de 5%, ou 105 mil barris por dia, na produção nacional em relação a fevereiro.

No primeiro trimestre, por sua vez, a produção total de óleo e gás natural da Petrobrás somou 2,676 milhões de barris diários, uma expansão de 2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação ao quarto trimestre de 2011 o indicador ficou praticamente estável.

Quando considerada apenas a produção nacional, o indicador teve leve expansão de 1% na comparação anual e o mesmo porcentual ante trimestre imediatamente anterior, somando 2,430 milhões de barris diários. Segundo a petrolífera, o incremento ocorreu por conta do início da produção nas plataformas P-56 (Marlim Sul), P-57 (Jubarte), FPSO - Santos (Uruguá) e FPSO - Angra dos Reis (Lula), da produção de gás de Mexilhão, da entrada de novos poços nos campos de Caratinga e Albacora, além dos TLDs de Sídon, Aruanã, Oliva, área de Iracema e do poço ESP-23.

Esse aumento de produção, lembrou a companhia, foi compensado, parcialmente, pelo "declínio natural de campos maduros", assim como pelas paradas programadas.


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